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16/05/2019

Campanha “Em Defesa Delas” é lançada em Salvador para alertar as mulheres sobre seus direitos

Campanha “Em Defesa Delas” é lançada em Salvador para alertar as mulheres sobre seus direitos

Em comemoração do Dia Nacional do Defensor Público, celebrado 19 de maio, a Associação dos Defensores Públicos do Estado da Bahia (ADEP-BA), em parceria com a Defensoria Pública da Bahia (DPE-BA), promoveu o lançamento na Bahia da Campanha “Em Defesa Delas”, na manhã desta quarta-feira (15), na Estação de Metrô da Lapa, em Salvador.

Defensoras e defensores públicos aplicaram uma enquete, direcionada às mulheres, para mapear casos de violência, além de esclarecer dúvidas sobre os serviços prestados pela Defensoria Pública da Bahia.
A pesquisa também está disponível clicando aqui até o dia 15 de junho. Mulheres que estão sendo ameaçadas, constrangidas, machucadas ou impedidas de fazer escolhas no seu dia a dia, podem estar vivendo uma situação de violência doméstica e familiar. Para esses casos, o atendimento inicial pode ser através do telefone 129. 

“A Associação Nacional dos Defensores Públicos escolheu esse tema porque verificou uma incidência muito grande de violência contra a mulher, não só em casos de violência doméstica, mas também violência obstétrica, mulheres em situações de rua, e dificuldades de acesso aos espaços de poder, entre vários outros tipos de violação de direito. Por isso, entendemos que esse é o momento de trabalharmos isso, trazer essas questões, falar sobre empoderamento da mulher, para que elas possam entender todos os aspectos da violência contra a mulher e saibam como procurar ajudar”, afirmou a presidente da ADEP-BA, Elaina Rosas. 

A estudante de Direito, Romana Machado, 27 anos, estava passando pelo local, se surpreendeu e parabenizou a iniciativa. “Que bom que temos ações como essa para esclarecer mulheres e homens dos nossos direitos. Algumas coisas, por mais que falemos, ainda precisam ficar claras nas cabeças de uns. Então acredito que atividades como essas devem ocorrer mais vezes por ano”, declarou. 

Como a garantia de direito das mulheres passa, também, pela conscientização dos homens, o pedreiro Jesuino Silva, 52, que recebeu a cartilha da campanha, mostrou que aprendeu. “Se o homem pode, a mulher pode do mesmo jeito, né? Principalmente para o povo mais velho, é difícil entender que a mulher é independente e deve ser tratada da mesma forma que os homens. Todos aprendemos com atividades desse tipo”, parabenizou. 

Estatísticas

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil tem a 5ª maior taxa de feminicídio do mundo. A cada duas horas uma mulher é assassinada no país e, a maioria, são assassinadas por seus companheiros ou por parentes próximos. Só em 2018 foram mais de 90 mil denúncias referentes a agressão física, psicológica, sexual, moral e cárcere privado.

As mulheres têm garantido o acesso aos serviços de Defensoria Pública. Os artigos 28 e 35 da Lei Maria da Penha - que visa a proteger a mulher da violência doméstica e familiar - determinam que a Defensoria Pública preste assistência judicial e extrajudicial para mulheres em situação de violência doméstica e familiar. A Instituição atua ainda no ajuizamento de ações, como: alimentos, divórcio, reconhecimento  e dissolução de união estável, requerimento de medida protetiva de urgência, dentre outros.

 

Fonte: Ascom/ADEP-BA


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